Nasceu no Porto, a 4 de Julho de 1908.
Poeta, ensaísta, crítico e professor, frequentou a Faculdade de Letras e licenciou-se em Ciências Históricas e Filosóficas.
Participou na direcção das revistas A Águia e Presença.
Foi professor do ensino secundário no Liceu Rodrigues de Freitas, no Porto, carreira que durou apenas três anos, interrompida por motivos políticos.
Casado com Alice Gomes, professora do Instituto Normal Primário. Pedagoga, estreou-se nas letras pelo final dos anos vinte, tendo organizado, em 1955, a antologia Poesia Para a Infância. Traduziu o Principezinho de Saint-Exupery e dedicou-se, depois de 1967, exclusivamente à literatura infantil. Fundadora e dinamizadora da Associação Portuguesa para a Educação pela Arte, desenvolveu, através dessa Associação, diversos projectos pedagógicos justamente considerados pioneiros
Exilou-se no Brasil, em 1954, após imensas dificuldades criadas pelo regime de Salazar. Aí desenvolveu intensa actividade no domínio do ensino universitário.
Morreu em 1972, em São Paulo. A sua genialidade e criatividade fez com que se tornasse uma figura incontornavel da cultura portuguesa a que nunca deram o devido e merecido valor.
A sua ligação a Ruivães foi forte, tendo aqui passado grandes períodos da sua vida, nomeadamente nas férias, uma vez que os seus pais foram proprietários da quinta que vai de “numães até ao paço”.
O nome da freguesia de Ruivães figura no prefácio que escreveu para a edição de “versos”(1944), bem como em “poesias completas”(1943) e na “antologia de autores famalicenses” (1998), pag. 441.
Nota: Agradeço a preciosa colaboração para este post, do ilustre ruivanenses, Sr. José Oliveira