2008/11/19

Júlio Araújo - Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão

Sobre as breves notas acerca deste ilustre ruivanense, gostaria de agradecer penhoradamente ao Sr. Presidente da Câmara Municipal, Arq. Armindo Costa a amabilidade dos elementos que me enviou acerca deste ruivanense e seu antecessor na presidência da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão

Júlio de Araújo emigrado do Brasil regressou a Ruivães sua terra Natal por volta de 1916.
No Brasil amealhou uma considerável fortuna, que lhe permitiu comprar uma esplêndida propriedade em Ruivães.
Dedicou-se à política, militando no PRP tendo sido Presidente da Câmara Municipal em 1921 e num espaço de apenas 21 meses de mandato, realizou inúmeras obras que além da quantidade foram estruturantes marcando o desenvolvimento de Vila Nova de Famalicão até à actualidade.
Ficam algumas a título exemplificativo;
A Cerca do Tribunal desapareceu dando lugar ao jardim da Praça da República;
A Praça da Mota, o Beco das laranjeiras o terreiro desapareceram para dar lugar ao jardim da Praça 9 de Abril e ao Monumento aos mortos da Grande Guerra
È levantada a Planta Geral da Vila;
As instalações do Matadouro são ampliadas e a água municipal é explorada;
É fundado e inaugurado o asilo dos velhos;
Foi marcada e feita a terraplanagem da estrada que liga a Carreira a Ruivães, etc
.

Júlio Araújo, homem de negócios e profundo conhecedor de grandes cidades, fundou também em 1933 no Porto um dos mais emblemáticos cafés da cidade, o Guarani na Avenida dos Aliados, cuja imagem em cima se reproduz. (Fundou tambem o café Sport)
Nota; as indicações que acima coloco são alguns recortes de artigos da imprensa da altura. nomeadamente "O Comércio do Porto" e "Estrela do Minho"

3 comentários:

Inês Marques disse...

Olá o meu nome é Inês Marques, queria desde já dar-lhe os meus parabéns pelo seu fantástico blogue, como referi antes o meu nome é Inês Marques e sou bisneta de Júlio Araújo, queria agradecer-lhe por contar a história do meu bisavô, fico grata pois sempre tive muito orgulho no meu passado, mais uma vez obrigada.

DAVIDE MIRANDA disse...

Boa noite Inês. Fico feliz por ter gostado deste post acerca do seu bisavô, que foi sem duvida um grande famalicense e um ilustre ruivanense. Caso tenha mais algum elemento que queira partilhar acerca de Júlio Araújo, além de ser uma honra terei todo o gosto em o fazer no Ruivães Visível.
Obrigado pelas suas palavras.

ernesto azevedo disse...

Sou neto de Julio Araujo e corroboro as indicações colocadas mas é bom referir que Julio Araujo tinha após ter vindo do Brasil um conceito perfeitamente adiantado no tempo enquanto foi Presidente da Camara quiz proceder a um grande desenvolvimento de Famalicão quer enqunato investimento quer na modernização, homem de grandes convicções foi conselheiro de estado a quando Bernardino Machado foi presidente da Républica.Mas socialmente o nosso País estava ainda muito atrasado no desenvolvimento e nas ideias e então as pessoas tiveram mêdo daí que lhe tivessem colocado a alcunha de " O bota abaixo", pelo que o seu reinado na autarquia foi curto e na minha opinião perde-se uma oportunidade de promover desenvolvimento por conceitos de opinião tão retrógrados.Será bom tambem lembra que foi um dos pioneiros com um armazem de vinhos para exportação e posso dizer que terá sido o primeiro a fazê-lo, naquela época muito principalmente para o Brasil.
É de apontar que o Guarani, no Porto era uma restaurante e simultâneamente uma sala de chã e que possuia orquesta sinfónica que actuava com caracter permanente o que se tornava um serviço único de grande atracção, e ainda o Sport mas mais discreto mas sobretudo espaços de permanência de grandes figuras da altura na cidade do Porto.Teve sociedade numa Fábrica Textil na freguesia de Vermoim e conviveu com imensa gente com quem trabalhou sempre no desenvolvimento comercial.Haveria muito mais para dizer e acredito que um dia isso se fará sou seu neto joaquim ernesto araujo rodrigues de azevedo, e preservo a sua memória e a sua imagem porque não foi entendido na altura e que esteve sempre do lado certo da vida e que sempre me parece ter sido justo e humano